E você sorri de volta e tenta não pensar no fato
de vocês dois não terem nada, absolutamente nada, a dizer um ao outro.
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Mas ela não se sentia adulta. Não estava
preparada, de jeito nenhum. Era como se um alarme de incêndio tivesse disparado
de madrugada e ela se encontrasse no meio da rua com as roupas emboladas no
braço.
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O negócio era ser corajosa e ousada e realizar
alguma coisa.
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O fracasso e a infelicidade são mais fáceis,
porque você pode fazer piada com isso.
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Imagine passar a noite acordada, não por estar
preocupada com o futuro, mas por prazer.
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Os meados de seus vinte anos haviam trazido uma
segunda adolescência ainda mais egocêntrica e sombria do que a primeira.
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Houve um tempo em que achava que poderia
conquistar Londres.
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A cidade tinha vencido, exatamente como disseram
que aconteceria. Como numa festa cheia de gente, ninguém percebeu a chegada
dela, e ninguém notaria se fosse embora.
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Muitas coisas tinham acontecido com ele, muito
pouco tinha acontecido com ela.
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Mas ela se sentia tão distante daquela gente,
com suas fascinantes carreiras, aparelhos de CD e mountain bikes, como se
estivesse assistindo a um comercial de TV, talvez de vodca ou de carros
esportivos.
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O que ela precisava mesmo era de alguém que a
pegasse pela mão e liberasse o seu potencial.
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A cabeça girando por conta do álcool e de sua
confusão, e decidiu que a vida já estava complicada demais.
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Sempre imaginara que águas como aquelas eram uma
mentira contada pelos folhetos, um truque com lentes e filtros, mas lá estavam
elas, cintilando em verde-esmeralda.
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Abriu o caderno na primeira página em branco e
tentou em pensar em algo que pudesse escrever, alguma sacada ou observação que
não fosse a de que estava tudo bem. Mas estava mesmo tudo bem, e ela teve uma
rara e nova sensação de estar exatamente onde gostaria de estar.
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Honestidade e franqueza seriam o seus lemas.
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Se for pra fazer algo que tenha de ser mantido
em segredo, é melhor nem fazer.
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Existia entre nós uma alegre ilusão de que
estávamos sempre nos divertindo, e uma sombra de verdade de que nunca nos
divertíamos.
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E tudo isso significa uma nova era, de ordem,
independência e maturidade.
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Às vezes quando as coisas não vão bem, Emma se
pergunta se o que acredita ser um verdadeiro amor pela palavra escrita não
seria apenas um fetiche por papelaria.
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As pessoas diem que ela está mais bonita, mais
confiante.
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Quer se encolher como uma criança e sentir os
brações dela ao seu redor, e também quer fugir dali o mais rápido possível, mas
nenhuma das duas coisas é possível.
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A intenção é mostrar coragem, levantar o astral,
só que ele acha isso chato e bobo. Preferiria que o indizível continuasse não
dito.
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Faz-se silêncio e Dexter sente o dia fugindo ao
controle mais uma vez.
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Oito horas atrás ele estava contando seus
segredos mais íntimos a pessoas completamente estranhas, e agora não conseguia
falar com a própria mãe. Alguma coisa estava errada.
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Eu não consigo fazer isso. Não sou capaz. Achei
que seria, mas não sou. Está faltando alguma parte de mim, eu não consigo fazer
isso.
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Era um homem com um grande senso de humor, mas
ao mesmo tempo não era nada engraçado.
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Essas namoradas são como peixinhos de aquário:
não adianta dar nomes, elas nunca duram muito tempo.
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Sente-se uma pessoa melhor quando ela está por
perto.
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Você é esperta, Sonya, muito inteligente, mas as
pessoas põem essas armadilhas no seu caminho e você cai direitinho nelas.
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Será que estava condenada a ser uma daquelas
pessoas que passam a vida tentando
fazer coisas?
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Mais uma vez, tinha adormecido em frente à
televisão, e agora era a hora de encontrar
herói dentro de si.
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Chegou a hora de assumir a responsabilidade pela
própria vida.
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Não está a fim de histórias engraçadas, quer uma
mudança, uma ruptura, não anedotas. Sua vida tem sido repleta de anedotas, uma
longa fila de besteiras, mas agora ela quer que alguma coisa dê certo pelo
menos uma vez. Quer ter sucesso, ou no mínimo a esperança de fazer sucesso.
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O que você precisa é de alguém que ame você sinceramente...
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Ela o faz lembrar de uma pintura da qual não
recorda o nome, uma figura medieval com flores no cabelo.
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O que o deixa angustiado é essa obrigação de ter
de se provar um vencedor.
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Eu estou muito bem, obrigada. E me recuso a ser
definida por um namorado. Ou pela falta de um namorado.
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Quando você não se preocupa mais com essas
coisas, com encontros ou relacionamentos, amor e tudo o mais, é mais fácil se
sentir livre para toca a vida real.
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Sentia-se embriagada, cheia de afeto, mas sentia
também uma certa tristeza, como se alguma coisa estivesse chegando ao fim.
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Achava que tinha a resposta, que eles poderiam
resgatar um ao outro, quando na verdade Emma estava muito bem havia anos. Se
alguém precisava ser resgatado era ele.
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Finalmente amava alguém e sentia-se
razoavelmente confiante de que também era amada.
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O futuro se estendia à sua frente, uma sucessão
de dias vazios, cada um mais desanimador e incompreensível que o outro.
Zoe Sugg, ou Zoella, tem vinte e quatro anos e é uma vlogueira de Brighton, Reino Unido. Ela escreve histórias desde pequena. 
